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Religiões afro-brasileira1

Os negros foram trazidos ao Brasil poucas décadas depois do descobrimento para trabalharem como escravos entre 1600 e 1900. Com eles o país cresceu mundialmente na extração de minérios e como produtor de café e cana de açúcar. Com a Lei Áurea, publicada em 1888, a escravidão acabou, mas os descendentes africanos não tinham como voltar ao seu país de origem. Por causa do preconceito, também não compravam terras, nem conseguiam empregos. Foi a partir de 1920, na periferia das grandes cidades, que os brasileiros conheceram melhor a religiosidade que os negros praticavam quando eram escravos. Entre elas estão a Umbanda, Candomblé e Quimbanda.

O Candomblé é o mais original culto africano no Brasil. As cerimônias acontecem em terreiros e em língua africana com cantos e ritmos de tambores. Usam jogos de adivinhação como cartas e búzios. Principalmente por conta da perseguição, houve o sincretismo do Candomblé com o catolicismo no qual se colocavam nomes africanos em santos católicos como Iemanjá (N. S. da Conceição) e Iansã (Santa Bárbara). O principal deus é Olorumaré, criador dos orixás.

Já a Umbanda é praticada em Centros Espíritas e é conhecida como Magia Branca, o que significa fazer o bem e combater a magia negra. É uma mistura de rituais africanos e europeus feita por brancos no Rio de Janeiro. Acreditam na possibilidade de contato entre vivos e mortos e na evolução espiritual após sucessivas vidas na terra, quer dizer, a reencarnação.

Algum tempo depois nasceu a Quimbanda, que pratica rituais de magia negra, e é uma ramificação da Umbanda. Magia negra significa missa negra ou magia e feitiçaria. É conhecida por realizar oferendas com animais como gatos e galinhas pretas. Cultua os mesmos orixás da Umbanda e Candomblé.

 

Ogum

A Santa ceia, chamada assim pelo cristianismo : Católicos e protestantes é um sacramento dos mais importantes para esses dois grupos. Neste post a proposta não é analisar a questão de símbolos ou o rito, mas sim como alguns pintores retrataram a santa Ceia.

No entanto descreveremos como as igrejas cristãs tratam a questão da santa ceia.

No Evangelho de Lucas nas Sagradas Escrituras para os cristãos, ele registrou esse mandamento da seguinte forma: “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da Nova Aliança ou Novo Pacto no meu sangue derramado em favor de vós.” (Lucas 22:19-20).

SANTA CEIA NA IGREJA PROTESTANTE

Dentro do protestantismo, cuja teologia remonta aos princípios da reforma e são influenciados por Lutero e Calvino, a Eucaristia é vista como um sacramento.

Nas igrejas Luteranas existe o entendimento da ceia como essência ou substância do corpo de Cristo, e não transformada no mesmo. A essa forma de entendimento dá-se o nome de consubstanciação. Para compreendermos melhor: Jesus está PRESENTE, ao LADO, não se transforma, mas no momento da Santa Ceia Ele está presente ao rito.

A proposta de Calvino, em oposição a Lutero e Zwinglio, era que na ceia ocorria a presença de Jesus, não nos elementos, mas como co-participante e co-celebrante junto com os comungantes. A essa forma de entendimento dá-se o nome de presença real.  Seria um memorial onde todos lembrariam a morte do Senhor.

Na Igreja Anglicana, o entendimento é de um sacramento, independente de como o mesmo será entendido pelo comungante. Por essa liberdade é permitida até mesmo o entendimento não sacramental da ceia.

SANTA CEIA NA IGREJA CATÓLICA

Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. A Eucaristia é ” o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso. Comungar ou receber a Comunhão é nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada hóstia sozinha, ou acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de Primeira eucaristia e Crisma.

A Igreja Católica confessa a presença real de Cristo, em seu corpo, sangue, alma e Divindade após a transubstanciação do pão e do vinho, ou seja, a aparência permanece de pão e vinho, porém a substância se modifica, passa a ser o próprio Corpo e Sangue de Cristo. O pão se TRANSFORMA em carne e o vinho se TRANSFORMA em sangue.

Pelo menos 52 pinturas da Santa Ceia foram usadas para uma pesquisa sobre o aumento da oferta de alimentos no mundo, publicada no International Journal of Obesity.

Veremos na fotografia e na pintura as mais diferentes visualizações de como se imaginou esse episódio tão importante para o cristianismo.

Bassano  Jacopo

Carl Heinrich Bloch

David Lachapelle

Domenico Ghirlandaio

El Greco

Fra Angelico

Giacomo Raffaelli

Jacomart Jaume Baco

James Smethan

Joos Van Cleve

Le Nain

Leonardo da Vinci

Marithe Francois Girbaud

Marsden Hartley

Nicholas Poussin

Pascal Adolphe Dagnan

Peter Paul Rubens

 Philippe de Champaigne

Salvador Dali

Antonio Falbo

Tintoretto

 

ESTA FOI UMAMENSAGEM QUE PREGUEI QUANDO CONVIDADO A DAR UMA PALAVRA EM UMA IGREJA PROTESTANTE: MISSÃO EVANGÉLICA PENTECOSTAL DO BRASIL

ESBOÇO DA MENSAGEM

Jean Jacques Rousseau em seu livro “Contrato Social” escrevera:

“Não tenho a capacidade de ser claro para quem não quer ser atento”:

 Advertência essa que tomo emprestado antes de iniciar esta mensagem.

 TEXTO: Ef. 2.1 – 10

A GRAÇA DE DEUS É INJUSTA

PERGUNTA RETÓRICA: O que é a graça? É paciência? É fé? Se nós sabemos, porque nós erramos tanto ao falar na graça?

 INTRODUÇÃO:

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 Feitas essas considerações: Volto a afirmar: A GRAÇA DE DEUS É INJUSTA. Eu sei que afirmação pode soar como heresia ou como invenção teológica moderna, porém, como a seguir veremos, é uma verdade presente nas Sagradas Escrituras e tão óbvia que sempre nos passa despercebida.

Comecemos pelos conceitos

 EM PRIMEIRO LUGAR

 I – O QUE É JUSTIÇA:

 O juiz quando julga atribui a cada pessoa os seus direitos e obrigações. Justiça, então, é dar às pessoas aquilo que elas merecem, sejam coisas boas ou más.

 II – O QUE É GRAÇA:

             Contrariamente, é favor imerecido. A pessoa recebe algo sem merecer ou sem ter envidado algum esforço para tanto. É ganhar um presente. Uma dádiva.

Os conceitos de justiça e graça são como visto, diametralmente opostos.

1 – Justiça é direito. Graça é favor.

2 -Justiça é merecimento. Graça é desmerecimento.

3 – Justiça é possibilidade. Graça é necessidade.

4 – A justiça divide. A graça soma.

5 – A justiça exclui. A graça inclui.

 III – O QUE O TEXTO NOS ENSINA?

             São muitas as lições neste texto: não disponho de tempo de discorrer. Muitas doutrinas foram retiradas deste texto, me deterei a retirar apenas informações de alcance do ensino.

            Ef 2.1-7 – Descreve nossa condição pecaminosa diante de Deus.

            A salvação não tem origem nas obras que fazemos. Nossas obras não são a fonte de nossa salvação. A salvação não tem origem na qualidade e característica de nossas obras.

            Outros textos nos remetem a essa compreensão que não podemos esquecer ou deturpar essa verdade:

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            Um outro aspecto que a graça de Deus provoca no homem, refere-se ao que chamo de comportamento honrado:

            COMPAIXÃO: Se alguém não possui essa atitude, não vive um cristianismo puro!       

MISERICÓRDIA: Se alguém não experimenta de misericórdia até para com seus desafetos não está vivendo um cristianismo completo, por mais que esteja revestido de função ou cargo eclesiástico. É o pior dos pecadores por que nega a palavra de Deus ao não demonstrar misericórdia e expressa tão somente sua vontade humana e carnal diante das mais diferentes situações.

A justiça comum não demonstra misericórdia, mas apresenta os autos e justiça é fria quando se trata de determinar “COISA JULGADA”.

 COISA JULGADA: É a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível.

            A coisa julgada evangélica é de falta de misericórdia, ela é injusta nas duas instâncias, na justiça comum e na divina.

Alguns julgam que todo o pecado parece que se remete tão somente ao sexo e adultério. Esquecem de detalhes pequenos detalhes. COMO:

1)    A falta de misericórdia

2)    A falta de compaixão pelos irmãos que pecaram

3)    A falta de amor por aqueles que um dia estiveram entre nós.

4)    Julgamentos precipitados que podem destruir uma vida.

            Eu considero esses desvios de conduta iguais ou piores do que aqueles por destroem várias pessoas.

 CONCLUSÂO:

Baseado nisso é que se afirma categoricamente que a graça de Deus é injusta e a justiça de Deus é ingrata, pois uma é contrária a outra. Afinal, se a graça do Criador não fosse injusta ela não seria graciosa; e se a justiça Dele não fosse ingrata também não seria justa.

Vejamos também uma história que ilustra muito bem esse fato da graça injusta. Mat. 20:

Graça é uma palavra pequenininha, mas é uma coisa tremenda, graça é algo que o homem não tem!

Uma coisa que não está nele.

Graça é tudo aquilo que Deus concede ao homem e não está nele.

Paulo diz 1Co.2:9: Aquilo que o olho não viu o ouvido não ouviu. Aquilo que não passou pela mente humana.

Está é uma passagem que agente sempre fala em relação ao céu.

Mas se você olhar o contexto, na passagem de Paulo, ele não está falando do céu, está falando da experiência da graça.

A experiência de contato que a pessoa tem.

Graça é tudo isso!

Jota Bê.

 

sIMBOLOS RELI

 

           Inicia-se agora uma nova fase da história da educação, foi aprovado uma nova lei que constitui, agora, o Ensino Religioso em uma disciplina com todas as propriedades, enquanto tal. Isto significa que o Ensino Religioso não se dá mais no processo linear como foi concebido até recentemente, mas por meio de articulações complexas num mundo pluralista e multiforme, pois é nela e a partir dela que se inicia o processo.

            A grande crítica quanto a essa questão fora por que ela partiu da Igreja Católica, em uma relação entre Governo e Vaticano realizando um acordo dentre muitas questões está incluído o Ensino Religioso. O acordo gera polêmicas em todo o país, especialmente porque o texto do artigo 11 do acordo diz, em um trecho, que “o ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental”. A discórdia está na expressão “católico e de outras confissões religiosas”.

          O ensino voltado para uma determinada religião pode constranger os alunos que não compartilham dessas idéias. O texto apresentado da Lei de diretrizes e bases da Educação é explicita e extremamente objetiva quando diz: Que ” é vedada quaisquer tipo de proselitismo”.

         Porque a igreja Católica sugere reformular uma lei que na verdade fere a constituição brasileira, e os deputados federais aceitaram? Não podemos voltar ao passado, o Brasil foi por muitos anos intolerante com religiões que não fosse a católica. Passamos muito tempo sendo catequizados nas escolas. Este é um modelo atrasado que fere a diversidade cultural e social brasileira. Se um aluno hoje desejar aprender sobre modelos doutrinários religiosos, ele deve se dirigir a sua igreja, capela, terreiro, casa de oração. Na escola, o ambiente é o da educação e do conhecimento.

             A escola pública – é um espaço plural e de convívio com as diferenças onde se respeita até mesmo aqueles que são agnósticos ou ateus. Ressalte-se que, mesmo sendo um país de maioria católica, o ensino da religião católica não deve ser, em hipótese alguma, uma imposição às instituições públicas de ensino. Caso contrário estaria ferindo o princípio da laicidade do Estado Brasileiro.

             O que ajuda nesse comportamento proselitista são os profissionais do Ensino religioso. Muitos não possuem graduação específica para o exercício, foram formados em instituições de origem confessional. O cientista da religião é o profissional capacitado para o exercício da docência do Ensino Religioso em sala de aula.

          Muito se tem escrito nos jornais mas não se conhece do assunto por que se houve análises de sociólogos, de políticos, de pedagogos, mas não se houve o Cientista da Religião, este poderia desmistificar os engodos que e as gorduras que se escreve tanto sobre o assunto sem ter ciência completa do que seja o ensino religioso e o que o professor leciona em sala de aula.

Esse texto foi enviado por um amigo que tive a honra de conhece-lo nesse mes de junho. Euestava ha um tempo pensando em fazer uma serie de estudos na area. Mas ele me poupou do esforco e eu adorei. O trabalho esta muito bom e comecaremos a studa-lo hoje.

Boa LEitura.

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Ressurreição versus Reencarnação

Caminhos de vida e de morte

 

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Nesta matéria trataremos, literalmente, de uma questão de vida e morte. Aqueles que se recusam discutir sobre o assunto não percebem que estão tentando fugir do inevitável e que seu silêncio não os poupará de ter de enfrentar estas realidades da existência humana. Vida e morte não são apenas assuntos de debate para filósofos e teólogos. É o próprio cerne do universo e de tudo o que nele se encontra. O que é a vida? O que é a morte? Mesmo quem não se preocupa com estas perguntas, terá de encarar as respostas.

Dentre as principais correntes religiosas e filosóficas que procuram responde-las, as mais conhecidas são a ressurreição e a reencarnação. A primeira tem seu berço no Oriente Médio, e é proclamada pelo judaísmo e pelo cristianismo. Também fez parte do credo zoroastrista e faz parte do credo muçulmano. Quanto à segunda, é produto do Extremo Oriente, tendo na Índia sua maior expressão. É crença integrante do hinduísmo, do budismo, de algumas formas de espiritismo e de diversas correntes esotéricas, tanto antigas quanto modernas. Quando acontece de alguma corrente dessas religiões adotarem uma crença que não faz parte original de seu credo, temos como resultado o sincretismo.

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Definindo os termos

Embora os detalhes variem, podemos definir ressurreição (do grego anástasis) como a crença de que cada indivíduo que viveu sobre a terra, um dia voltará à vida em sua forma física para prestar conta dela. Uma única alma para um único corpo. Uma só e única existência para cada indivíduo. Esta ressurreição pode ser para a vida, nos casos dos que desfrutarão da bem-aventurança eterna, ou para a morte, no caso dos que receberão punição eterna.

Do outro lado, temos a reencarnação, que se define como sendo o retorno sucessivo de uma alma a corpos diferentes, passando diversas vezes pelo ciclo de renascimento e morte, até alcançar um plano superior ou, em alguns casos, pode também retornar a um plano inferior dentro da esfera física.

“Há uma verdadeira ‘salada’ de conceitos de reencarnação, com variações tanto orientais quanto ocidentais” – escreveu o apologista Norman Geisler. Segundo ele, a palavra vem do latim re, que quer dizer “outra vez” e incarnete, que vem de outras duas palavras latinas, in e carnis – “em carne”. Geoffrey Parrinder, autoridade em religiões mundiais, define a reencarnação como sendo “a crença em que a alma, ou algum poder, passa após a morte para outro corpo. Às vezes, outras palavras, tais como transmigração, metempsicose, palingenesia e renascimento, são usadas como sinônimos do termo reencarnação”.[i]

As tentativas de conciliar tais posições resulta em falácia, pois ambas fornecem respostas completamente antagônicas para as questões da vida e da morte. Não divergem em algum detalhe sem importância apenas. São totalmente distintas. São visões diferentes e irreconciliáveis do universo, aquilo que os filósofos gostam de chamar de cosmovisão.

É necessário advertir que de nada nos adianta tentar reconciliar as duas. Na verdade, precisamos fazer uma escolha. Às vezes, diante de uma bifurcação, a angústia do dilema leva a uma tentativa de junção dos caminhos, que termina não levando a lugar algum. A realidade exige uma escolha, uma decisão e não algum tipo de malabarismo filosófico.

Há muitas maneiras de abordarmos a questão da reencarnação. Escolhemos analisá-la diante da doutrina bíblica da ressurreição. É importante que aqueles que acreditam na reencarnação saibam, já de início, que o vocábulo “reencarnação” sequer é citado nas Escrituras. Não existe em lugar algum da Bíblia a afirmação de que alguém deve aguardar um retorno de seu espírito à terra em outro corpo que está sendo gerado no útero de uma mulher. Mas há inúmeras promessas para que se espere o dia da ressurreição.

 


[i] GEISLER, Norman; AMANO, J. Yutaka. Reencarnação. São Paulo: Mundo Cristão, p. 25, 1986.