Arquivo da categoria ‘PROTESTANTISMO’

A data de 3 de outubro será feriado no Rio Grande do Norte, em comemoração ao Dia dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú. Mais um feriado… e SANTO! Me choca mais ainda é quando analisamos os porquês do feriado. Entro um pouco mais fundo na “história” por que a “istória”de Cunhaú me intriga. A grande parte da sociedade e de religiosos só conhecem um lado da moeda… aquilo que “alguns” insistem em contar. O que na verdade aconteceu? Porque os historiadores laicos divergem da história oficial? (católica).  Que pesquisas foram encomendadas que transformaram o evento numa briga religiosa? Porque o Governo não considerou as pesquisas realizadas pelas Universidades? E a Assembléia Legislativa rapidamente aprova maisum feriado “SANTO”.

Poderíamos aqui sugerir alguns feriados:

a)      Dia de Camara Cascudo – (nosso Mestre)

b)     Dia dos caboclos do Catimbó – (Religião brasileira)

c)       Dia da Umbanda – (Religião brasileira)

d)       E porque não um feriado específico aos indíginas que foram dizimados pelos portugueses em nosso Estado – NA COLONIA, na escravidão e na catequese Católica?

                                                                                Apresento aqui as duas versões do fato

                                                                   NÓS CRIAMOS NOSSOS HEROIS POR PURA CONVENIENCIA

HISTÓRIA LAICA

Não queremos aqui minimizar o massacre, o sofrimento das vidas que foram perdidas naquele local. Isso foi verdadeiro, mas devemos ser honestos com a história, não cedendo a pressões religiosas mais deixando a liberdade de pesquisa, de imprensa, registrar a outra face não contada. Esse caso de Cunhaú é extremamente controverso. Mas reina uma versão aceita pelos leigos e por alguns intelectuais que não buscaram conhecer o outro lado da história. Se na história não podemos eleger nosso herói, não podemos afirmar sobre o bandido, como a “versão” autorizada afirma que foi culpa do governo holandês orientado por um Pastor Evangélico. A história relatada por Cascudo e demais historiadores que defendem que o massacre não foi obra do governo holandês tem uma razão de ser, bem como a minha história.

Ao relatar uma história, não conseguiremos isentar totalmente de nossos pressupostos, inclusive os religiosos. Mas fato deste escritor ser protestante não impedirá e não porá em cheque suas argumentações que devem ser analisadas a partir do viés da história laica . Este site é informativo, de pesquisa e de lazer. Avisando para aqueles que são religiosos que não se fruste diante de fatos que não lhe contaram ou que seja difícil você aceitar. Clique no “X” e visite um outro site, este não é um lugar para você estar.

1 – É preciso entender (ou buscar na história laica) que não foi o governo holandês que ordenou a chacina. Na verdade, a outra versão que fazemos aqui o levante, narra que foi uma vingança por parte dos índios que ali moravam ajudados por uma outra tribo da Bahia. Todos esses, se revoltaram devido notícias da crueldade cometidas pelos portugueses para com os indígenas. No início da revolta (13/6/1645), isso é aceito pela maioria dos historiadores (laicos) que por onde passavam os portugueses e estabeleciam seu domínio, a violência, a morte estavam presente de forma cruel. Os “brasilianos” (como eram chamados os índios tupis) fugiam para bem próximo das fortificações holandesas, que eram difíceis de serem atacadas e destruídas. Outros decidiram evitar o desastre aparentemente inevitável e pegaram em armas. Foi isso que aconteceu em Cunhaú.

“No Rio Grande do Norte, a população indígena consistia em grande parte de índios antropófagos (tapuias), sob a liderança do seu cacique Nhanduí. Para os holandeses, os tapuias significavam um bando de aliados um tanto inconstantes, pois eram um povo muito independente, que não aceitava ordens de ninguém, mas decidia por si o que era melhor para sua tribo. Um tal de Jacob Rabe, casado com uma índia, servia de ligação entre eles e o governo holandês”. (Schalkwijk – 1986).

Os holandeses eram considerados como os libertadores da opressão portuguesa. E, por várias vezes, esses índios quiseram aproveitar-se da situação de derrota dos portugueses para vingar-se da violência anterior Como acontecera no Ceará em 1637, em 1645 os índios procuraram matar todos os portugueses da região, que foram protegidos pelos holandeses, por meio das armas.. Os tapuias sentiram que, com o início da revolta contra os holandeses, eram eles ou os portugueses. No dia 16 de julho, começaram por Cunhaú, massacrando as pessoas que estavam na capela e posteriormente, numa luta armada, os restantes.

2. O nome do Pastor protestante Rev. Jodocus à Stetten que era capelão do exército holandês está ligado a esse episódio de Cunhaú, é preciso observar e entender que exatamente o contrário do que alguns afirmam, esse pastor foi enviado pelo governo holandês do Recife para acalmar os ânimos dos indígenas. Porém, os índios, não entendiam como os holandeses podiam defender seus inimigos mortais. 3 . É preciso também registrar que esse sim: Como afirma Schalkwijk, o Algoz-mor de Cunhaú: Jacob Rabe alguns meses depois do massacre, esse funcionário da Companhia das Índias Ocidentais, que havia recebido o pastor Jodocus de pistola em punho, foi morto por ordem do próprio governador da capitania do Rio Grande do Norte, Joris Garstman. O capitão Joris era casado com uma senhora portuguesa que havia perdido muitos parentes em Cunhaú. Na história não podemos eleger nossos heróis, mas os inimigos, o algoz, sempre queremos descobrir que o foi. Nesse relato, apresentamos uma outra versão que evidentemente não esclarece de um todo, mas apresenta através de três pontos que a história precisa ser revista.

OUTRO POST JÁ PUBLICADO NESSE BLOG 

Causa espanto saber que a Assembléia Legislativa do Estado aprovou por unanimidade e a Governadora sancionou lei criando o feriado estadual de 3 de outubro para culto público e oficial dos chamados mártires de Uruaçu e Cunhaú. A lei estadual 8.913, de 6 de dezembro de 2006, é um insulto aos nossos indígenas de ontem e de hoje e um atentado aos princípios do Estado Laico. Inconcebível que seja o próprio Estado a colaborar com a igreja católica nos seus intentos de criar beatos, santos, mártires, milagres etc. e a partir de qualquer história forjada e narrada como se quer.O que se chama de massacre dos mártires de Uruaçu e Cunhaú (mártires católicos!, pois do outro lado estavam protestantes holandeses e indígenas) é fato ocorrido no século XVII e não difere de outras situações que o território brasileiro conheceu, em todas as partes, no período colonial. No fundo, o que se visa exaltar é a fé católica que, nesse mesmo período histórico, foi responsável pela morte de milhões de indígenas. Os tapuias e potiguares que habitavam a região e que, ao lado de holandeses calvinistas, figuram na narrativa construída sobre o tal martírio, que agora se visa cultuar, faziam parte da grande civilização indígena aqui existente que, pela catequese cristã e predominantemente católica, viu ser dizimados três milhões de seus integrantes nos três primeiros séculos da colonização.Que cidadãos, isolados ou em grupos organizados, queiram praticar suas crenças, organizar e participar de romarias (a cavalo, em paus-de-arara, bicicletas, motos, carros ou a pé), que as igrejas, incluindo a dos católicos, queiram difundir suas crendices, incluindo inventar milagres e os santos milagreiros, que o façam no usufruto dos direitos que são os seus. Todavia, o Estado não pode ser cúmplice do absurdo que é tornar feriado um dia da semana para culto de uma narrativa que insulta os indígenas de ontem e de hoje.Os poderes Legislativo e Executivo estaduais, com a criação do feriado de 3 de outubro, dão mostras que não praticam a laicidade exigível desses poderes no âmbito da esfera pública e estatal e confirmam que, no Brasil, o Estado, longe de ser laico, permanece vergonhosamente submetido, pelas mãos de seus dirigentes, aos ditames e interesses de igrejas e religiões. Os interesses da igreja católica (ou de qualquer outra) não podem ser colocados acima do caráter universalista que o Estado está obrigado a preservar para permanecer como esfera autônoma, independente. Esta que é a única condição do Estado poder legitimamente representar a sociedade como um todo e agir pela sua emancipação social, livrando-a do domínio de crenças sem fundamentos que se tornam obstáculos aos seus avanços culturais, sociais. No Brasil, são inúmeros os exemplos de ações das igrejas, contrariando a implementação de medidas emancipatórias pelo Estado.

Multinacional capitalista, que enriquece com a mais-valia da fé alheia explorada, mas continuamente sedenta de criar santos e milagres para a conservação do seu domínio sobre uma população pobre e abandonada à sua própria miséria (emocional, cultural, econômica), a igreja católica não pode contar com a cumplicidade dos dirigentes do Estado para realizar seus intentos. O fato representa uma tomada de posição desses dirigentes em favor de um segmento da sociedade, e apenas de um de seus segmentos, ferindo o principio da laicidade e da universalidade de valores a predominar e a ser preservado pelo Estado no âmbito das decisões político-públicas.

Se há algo a ser feito sobre o que se passou em 1645 é o Estado narrar a tragédia de nossos indígenas, vencidos pela violência, dividindo-se, em desesperadas estratégias, entre os colonizadores.

 

HISTÒRIA RELIGIOSA _ CATÒLICA

História

Em 16 de junho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis estavam participando da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú – no município de Canguaretama (RN). O que motivou a chacina? A intolerância calvinista dos invasores que não admitiam a prática da religião católica: isso custou-lhes a própria vida.

O movimento de insurreição contra o domínio holandês começou em Pernambuco, mas, na capitania do Rio Grande do Norte, tudo parecia normal. Bastou, porém, a presença de uma só pessoa para que o clima se tornasse tenso: Jacó Rabe, um Judeu – alemão a serviço dos holandeses. Ele chegara a Cunhaú no dia 15 de julho de 1645.A simples presença de Rabe e dos tapuias era motivo para suspeitas e temores. Suas passagens por aquelas paragens eram freqüentes, sempre acompanhado dos ferozes tapuias, semeando por toda parte ódio e destruição.

No dia 16 de julho, Domingo, um grande número de colonos estava na igreja, para a missa dominical celebrada pelo Pároco, Pe. André de Soveral.Após a elevação da hóstia e do cálice, erguendo o Corpo do Senhor, para a adoração dos presentes, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da Igreja e se deu início à terrível carnificina. Foram cenas de grande atrocidade: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelo flamengo com a ajuda dos tapuias e potiguares. Ao perceber que iam ser mesmo sacrificados, os fiéis não se rebelaram. Ao contrário, ‘entre mortais ânsias se confessaram ao sumo sacerdote, pedindo-lhe, com grande contrição, perdão de suas culpas.

Postado por Artigos e Notocias

http://www.vcartigosenoticias.com/2011/10/feriado-no-rn-conheca-um-pouco-da.html

OUTRA NARRATIVA CATÒLICA

Dia 15 de julho chegou em Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo, como sempre, seus amigos e liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe Jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e
desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava. Dizendo-se em missão oficial pelo Supremo Conselho Holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do Conselho após a missa dominical no dia seguinte. Sua simples presença deixou todos tensos e temerosos Os
fiéis chegaram, em grupos de famílias, para cumprir o preceito dominical, e Pe. André de Soveral iniciou a missa…

“Após a elevação da hóstia e do cálice, erguendo o Corpo do Senhor para a adoração dos presentes, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina. Foram cenas de grande atrocidade: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e dos potiguares. Ao perceber que iam ser mesmo sacrificados, os fiéis não se rebelaram. Ao contrário, “entre ânsias se confessaram ao sumo sacerdote Jesus Cristo Senhor Nosso, pedindo-lhe cada qual, com grande contrição, perdão de suas culpas”, enquanto o Pe. André estava “exortando-os a bem morrer, rezando apressadamente o ofício da agonia”.

Os primeiros ataques ao venerando sacerdote, Pe. André de Soveral, partiram dos tapuias. O Padre, porém, falando a língua indígena na qual era bem versado, exortou-os a não tocar na sua pessoa ou nas imagens e objetos do altar, sob pena de ficarem tolhidas as mãos e as partes do corpo que o fizessem. Os tapuias recuaram receosos. Mas os potiguares não deram importância às palavras do sacerdote, arremetendo contra o ministro de Deus e “fazendo-o em pedaços”. O autor da façanha foi o principal dos Potiguares Jerera, que, empunhando uma adaga, feriu de morte o Pe. André”.

Os que haviam se refugiado na casa do senhor de engenho tiveram a mesma sorte. Após a igreja, esta foi invadida. Três conseguiram fugir escapando pelos telhados. Os outros tentaram se defender como puderam, mas também foram mortos. A disposição dos fiéis à hora da morte era a de verdadeiros mártires, ou seja, aceitando voluntariamente o martírio por amor a Cristo. Os assassinos agiam em nome de um governo que hostilizava abertamente a Igreja Católica, a religião do governo português, do qual eram adversários. As vítimas tinham plena consciência disso.
De toda essa numerosa multidão de mártires, cerca de 70 pessoas, apenas duas foram identificadas, e por isso, beatificadas: André de Soveral e Domingos de Carvalho.

http://www.canguaretamarn.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=40%3Amartirio-de-cunhau-&catid=15%3Ahistoriaindex&Itemid=38

João Bosco de Sousa – Escritor, Teólogo Cientista da Religião pela UERN. ( Nordestino, nascido em Natal sem familiares holandeses ou calvinistas). (tomando como base o texto de Francisco Schalkwijk – Doutor em história na Universidade Presbiteriana Mackenzie. E o Texto de Alipio de Sousa Filho. Dr. EM Ciencias Sociais pela UFRN.

A Santa ceia, chamada assim pelo cristianismo : Católicos e protestantes é um sacramento dos mais importantes para esses dois grupos. Neste post a proposta não é analisar a questão de símbolos ou o rito, mas sim como alguns pintores retrataram a santa Ceia.

No entanto descreveremos como as igrejas cristãs tratam a questão da santa ceia.

No Evangelho de Lucas nas Sagradas Escrituras para os cristãos, ele registrou esse mandamento da seguinte forma: “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da Nova Aliança ou Novo Pacto no meu sangue derramado em favor de vós.” (Lucas 22:19-20).

SANTA CEIA NA IGREJA PROTESTANTE

Dentro do protestantismo, cuja teologia remonta aos princípios da reforma e são influenciados por Lutero e Calvino, a Eucaristia é vista como um sacramento.

Nas igrejas Luteranas existe o entendimento da ceia como essência ou substância do corpo de Cristo, e não transformada no mesmo. A essa forma de entendimento dá-se o nome de consubstanciação. Para compreendermos melhor: Jesus está PRESENTE, ao LADO, não se transforma, mas no momento da Santa Ceia Ele está presente ao rito.

A proposta de Calvino, em oposição a Lutero e Zwinglio, era que na ceia ocorria a presença de Jesus, não nos elementos, mas como co-participante e co-celebrante junto com os comungantes. A essa forma de entendimento dá-se o nome de presença real.  Seria um memorial onde todos lembrariam a morte do Senhor.

Na Igreja Anglicana, o entendimento é de um sacramento, independente de como o mesmo será entendido pelo comungante. Por essa liberdade é permitida até mesmo o entendimento não sacramental da ceia.

SANTA CEIA NA IGREJA CATÓLICA

Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. A Eucaristia é ” o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso. Comungar ou receber a Comunhão é nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada hóstia sozinha, ou acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de Primeira eucaristia e Crisma.

A Igreja Católica confessa a presença real de Cristo, em seu corpo, sangue, alma e Divindade após a transubstanciação do pão e do vinho, ou seja, a aparência permanece de pão e vinho, porém a substância se modifica, passa a ser o próprio Corpo e Sangue de Cristo. O pão se TRANSFORMA em carne e o vinho se TRANSFORMA em sangue.

Pelo menos 52 pinturas da Santa Ceia foram usadas para uma pesquisa sobre o aumento da oferta de alimentos no mundo, publicada no International Journal of Obesity.

Veremos na fotografia e na pintura as mais diferentes visualizações de como se imaginou esse episódio tão importante para o cristianismo.

Bassano  Jacopo

Carl Heinrich Bloch

David Lachapelle

Domenico Ghirlandaio

El Greco

Fra Angelico

Giacomo Raffaelli

Jacomart Jaume Baco

James Smethan

Joos Van Cleve

Le Nain

Leonardo da Vinci

Marithe Francois Girbaud

Marsden Hartley

Nicholas Poussin

Pascal Adolphe Dagnan

Peter Paul Rubens

 Philippe de Champaigne

Salvador Dali

Antonio Falbo

Tintoretto

 

ESTA FOI UMAMENSAGEM QUE PREGUEI QUANDO CONVIDADO A DAR UMA PALAVRA EM UMA IGREJA PROTESTANTE: MISSÃO EVANGÉLICA PENTECOSTAL DO BRASIL

ESBOÇO DA MENSAGEM

Jean Jacques Rousseau em seu livro “Contrato Social” escrevera:

“Não tenho a capacidade de ser claro para quem não quer ser atento”:

 Advertência essa que tomo emprestado antes de iniciar esta mensagem.

 TEXTO: Ef. 2.1 – 10

A GRAÇA DE DEUS É INJUSTA

PERGUNTA RETÓRICA: O que é a graça? É paciência? É fé? Se nós sabemos, porque nós erramos tanto ao falar na graça?

 INTRODUÇÃO:

            ……………………………………………………………………………………..

 Feitas essas considerações: Volto a afirmar: A GRAÇA DE DEUS É INJUSTA. Eu sei que afirmação pode soar como heresia ou como invenção teológica moderna, porém, como a seguir veremos, é uma verdade presente nas Sagradas Escrituras e tão óbvia que sempre nos passa despercebida.

Comecemos pelos conceitos

 EM PRIMEIRO LUGAR

 I – O QUE É JUSTIÇA:

 O juiz quando julga atribui a cada pessoa os seus direitos e obrigações. Justiça, então, é dar às pessoas aquilo que elas merecem, sejam coisas boas ou más.

 II – O QUE É GRAÇA:

             Contrariamente, é favor imerecido. A pessoa recebe algo sem merecer ou sem ter envidado algum esforço para tanto. É ganhar um presente. Uma dádiva.

Os conceitos de justiça e graça são como visto, diametralmente opostos.

1 – Justiça é direito. Graça é favor.

2 -Justiça é merecimento. Graça é desmerecimento.

3 – Justiça é possibilidade. Graça é necessidade.

4 – A justiça divide. A graça soma.

5 – A justiça exclui. A graça inclui.

 III – O QUE O TEXTO NOS ENSINA?

             São muitas as lições neste texto: não disponho de tempo de discorrer. Muitas doutrinas foram retiradas deste texto, me deterei a retirar apenas informações de alcance do ensino.

            Ef 2.1-7 – Descreve nossa condição pecaminosa diante de Deus.

            A salvação não tem origem nas obras que fazemos. Nossas obras não são a fonte de nossa salvação. A salvação não tem origem na qualidade e característica de nossas obras.

            Outros textos nos remetem a essa compreensão que não podemos esquecer ou deturpar essa verdade:

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            Um outro aspecto que a graça de Deus provoca no homem, refere-se ao que chamo de comportamento honrado:

            COMPAIXÃO: Se alguém não possui essa atitude, não vive um cristianismo puro!       

MISERICÓRDIA: Se alguém não experimenta de misericórdia até para com seus desafetos não está vivendo um cristianismo completo, por mais que esteja revestido de função ou cargo eclesiástico. É o pior dos pecadores por que nega a palavra de Deus ao não demonstrar misericórdia e expressa tão somente sua vontade humana e carnal diante das mais diferentes situações.

A justiça comum não demonstra misericórdia, mas apresenta os autos e justiça é fria quando se trata de determinar “COISA JULGADA”.

 COISA JULGADA: É a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível.

            A coisa julgada evangélica é de falta de misericórdia, ela é injusta nas duas instâncias, na justiça comum e na divina.

Alguns julgam que todo o pecado parece que se remete tão somente ao sexo e adultério. Esquecem de detalhes pequenos detalhes. COMO:

1)    A falta de misericórdia

2)    A falta de compaixão pelos irmãos que pecaram

3)    A falta de amor por aqueles que um dia estiveram entre nós.

4)    Julgamentos precipitados que podem destruir uma vida.

            Eu considero esses desvios de conduta iguais ou piores do que aqueles por destroem várias pessoas.

 CONCLUSÂO:

Baseado nisso é que se afirma categoricamente que a graça de Deus é injusta e a justiça de Deus é ingrata, pois uma é contrária a outra. Afinal, se a graça do Criador não fosse injusta ela não seria graciosa; e se a justiça Dele não fosse ingrata também não seria justa.

Vejamos também uma história que ilustra muito bem esse fato da graça injusta. Mat. 20:

Graça é uma palavra pequenininha, mas é uma coisa tremenda, graça é algo que o homem não tem!

Uma coisa que não está nele.

Graça é tudo aquilo que Deus concede ao homem e não está nele.

Paulo diz 1Co.2:9: Aquilo que o olho não viu o ouvido não ouviu. Aquilo que não passou pela mente humana.

Está é uma passagem que agente sempre fala em relação ao céu.

Mas se você olhar o contexto, na passagem de Paulo, ele não está falando do céu, está falando da experiência da graça.

A experiência de contato que a pessoa tem.

Graça é tudo isso!

Jota Bê.

Esse texto foi enviado por um amigo que tive a honra de conhece-lo nesse mes de junho. Euestava ha um tempo pensando em fazer uma serie de estudos na area. Mas ele me poupou do esforco e eu adorei. O trabalho esta muito bom e comecaremos a studa-lo hoje.

Boa LEitura.

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Ressurreição versus Reencarnação

Caminhos de vida e de morte

 

Por Eguinaldo Hélio de Souza

 

Nesta matéria trataremos, literalmente, de uma questão de vida e morte. Aqueles que se recusam discutir sobre o assunto não percebem que estão tentando fugir do inevitável e que seu silêncio não os poupará de ter de enfrentar estas realidades da existência humana. Vida e morte não são apenas assuntos de debate para filósofos e teólogos. É o próprio cerne do universo e de tudo o que nele se encontra. O que é a vida? O que é a morte? Mesmo quem não se preocupa com estas perguntas, terá de encarar as respostas.

Dentre as principais correntes religiosas e filosóficas que procuram responde-las, as mais conhecidas são a ressurreição e a reencarnação. A primeira tem seu berço no Oriente Médio, e é proclamada pelo judaísmo e pelo cristianismo. Também fez parte do credo zoroastrista e faz parte do credo muçulmano. Quanto à segunda, é produto do Extremo Oriente, tendo na Índia sua maior expressão. É crença integrante do hinduísmo, do budismo, de algumas formas de espiritismo e de diversas correntes esotéricas, tanto antigas quanto modernas. Quando acontece de alguma corrente dessas religiões adotarem uma crença que não faz parte original de seu credo, temos como resultado o sincretismo.

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Definindo os termos

Embora os detalhes variem, podemos definir ressurreição (do grego anástasis) como a crença de que cada indivíduo que viveu sobre a terra, um dia voltará à vida em sua forma física para prestar conta dela. Uma única alma para um único corpo. Uma só e única existência para cada indivíduo. Esta ressurreição pode ser para a vida, nos casos dos que desfrutarão da bem-aventurança eterna, ou para a morte, no caso dos que receberão punição eterna.

Do outro lado, temos a reencarnação, que se define como sendo o retorno sucessivo de uma alma a corpos diferentes, passando diversas vezes pelo ciclo de renascimento e morte, até alcançar um plano superior ou, em alguns casos, pode também retornar a um plano inferior dentro da esfera física.

“Há uma verdadeira ‘salada’ de conceitos de reencarnação, com variações tanto orientais quanto ocidentais” – escreveu o apologista Norman Geisler. Segundo ele, a palavra vem do latim re, que quer dizer “outra vez” e incarnete, que vem de outras duas palavras latinas, in e carnis – “em carne”. Geoffrey Parrinder, autoridade em religiões mundiais, define a reencarnação como sendo “a crença em que a alma, ou algum poder, passa após a morte para outro corpo. Às vezes, outras palavras, tais como transmigração, metempsicose, palingenesia e renascimento, são usadas como sinônimos do termo reencarnação”.[i]

As tentativas de conciliar tais posições resulta em falácia, pois ambas fornecem respostas completamente antagônicas para as questões da vida e da morte. Não divergem em algum detalhe sem importância apenas. São totalmente distintas. São visões diferentes e irreconciliáveis do universo, aquilo que os filósofos gostam de chamar de cosmovisão.

É necessário advertir que de nada nos adianta tentar reconciliar as duas. Na verdade, precisamos fazer uma escolha. Às vezes, diante de uma bifurcação, a angústia do dilema leva a uma tentativa de junção dos caminhos, que termina não levando a lugar algum. A realidade exige uma escolha, uma decisão e não algum tipo de malabarismo filosófico.

Há muitas maneiras de abordarmos a questão da reencarnação. Escolhemos analisá-la diante da doutrina bíblica da ressurreição. É importante que aqueles que acreditam na reencarnação saibam, já de início, que o vocábulo “reencarnação” sequer é citado nas Escrituras. Não existe em lugar algum da Bíblia a afirmação de que alguém deve aguardar um retorno de seu espírito à terra em outro corpo que está sendo gerado no útero de uma mulher. Mas há inúmeras promessas para que se espere o dia da ressurreição.

 


[i] GEISLER, Norman; AMANO, J. Yutaka. Reencarnação. São Paulo: Mundo Cristão, p. 25, 1986.

 

 

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 MISSÃO DE FÉ – Rua Azuza – los Angeles

Sociólogos como FRESTON (1994, pág. 71) emitiram algumas nomenclaturas sobre esses novos modelos . Outros como MARIANO (1999) afirmam que é uma evolução do pentecostalismo. Optamos em entender esses novos modelos a partir de suas ênfases. Cada grupo pentecostal tem suas particularidades, assim, compreendemos que há distinções marcantes entre esses modelos que apresentaremos e o modelo que denominamos de pentecostais históricos ou clássicos. Esses novos modelos dividem-se em dois grupos: os neo-pentecostais e pós-pentecostais.

O italiano Luigi Francescon, recebe uma profecia em South Blend nos EUA, vai a Argentina e logo depois ao Brasil. Chegando por aqui, relaciona-se com a colônia italiana, freqüenta as reuniões na Igreja Presbiteriana do Braz até formar um cisma na Igreja, tal como aconteceram logo no ano seguinte com os suecos. Vários membros saíram da Igreja Presbiteriana, também da Igreja Batista, metodistas e católicos. Com esse grupo, Luigi Francescon organiza a Igreja Congregação Cristã no Brasil.

Daniel Berg e Gunnar Vingren vieram ao Brasil apenas com a ajuda de uma igreja sueca para a viagem (1911). Os dois trabalharam vendendo Bíblias e também em uma fundição além de receberem ajuda de amigos estrangeiros. Após alguns meses se congregando em uma Igreja Batista ocorreu um cisma, como em outras partes dos EUA. A mensagem pentecostal não foi aceita. Eles e vários membros da igreja que haviam aceitado a mensagem pentecostal foram excluídos daquele grupo. Essas pessoas, num total de dezenove acabaram por formar uma nova igreja que tinha por nome: Missão de fé apostólica. Esse era o nome do grupo que se reunia na Rua Azusa somente em 1918 aquele grupo adotou o nome Assembléia de Deus. Em Belém, os evangélicos, principalmente os pentecostais foram muito perseguidos pela igreja majoritária e pelos moradores, ao ponto de, em certas discussões, precisarem da polícia para acalmar os ânimos.

Segundo (SOUSA- João Bosco de – 2007) Esses dois grupos passaram de 1910 até o ano de 1932 sozinhos no cenário pentecostal do Brasil. Até que um dos maiores expoentes da Assembléia de Deus o Pastor Manoel Higino de Souza, por divergências internas, sai da Assembléia de Deus e organiza em Mossoró no Rio Grande do Norte no ano de 1932 a Igreja de Cristo no Brasil, com as mesmas ênfases desses primeiros grupos.
(SOUSA- 2007) Afirma que: No ano de 1939, chegam ao Brasil dois missionários e suas esposas: Harland Graham e Harold Matson na cidade de Manaus no Amazonas, também motivados através de uma visão profética e uma pregação em uma igreja Presbiteriana realizada por umm missionário que havia estado em Manaus.

A proposta inicial desse último grupo de pentecostais históricos era fazer missões e não fundar igrejas. Trabalharam ainda com os missionários suecos ajudando-os nos trabalhos de evangelismo, e logo depois dão continuidade aos trabalhos de evangelismo sozinhos. Esse grupo não começa suas atividades com divisões, mas tem seu início através do evangelismo e da catequese. A partir de 1950 muitos outros grupos surgem em várias partes do Brasil como apresenta LENZ (2000, pág. 111,154).

Em 1951 é organizado em São João da Boa Vista – São Paulo, a Igreja do Evangelho Quadrangular. Em 1955 o jovem Pernambucano Manoel de Mello aos vinte e seis anos, organiza em São Paulo a Igreja Pentecostal mais aberta do Brasil, a Igreja Evangélica Pentecostal o Brasil para Cristo. Anos mais tarde, em março de 1962 o paranaense David Miranda organiza em São Paulo a Igreja Pentecostal mais rígida do Brasil, a Igreja Pentecostal Deus É Amor… Nos anos seguintes, fora experimentado um crescimento muito grande da Igreja evangélica no Brasil. Em 1977 nasce uma das Igrejas mais controvertidas no País: A Igreja Universal do Reino de Deus do Bispo Edir Macedo “e o seu companheiro de fundação R.R. Soares, este último, funda outra Igreja tão controvertida quanto sua co-irmã, a Igreja Internacional da Graça de Deus – RR. Soares.

O surgimento de novos grupos oriundos da fé pentecostal aparecem a cada dia; sua marca, em todas as classificações, são as sensações e a experiência. O homem é colocado no centro para que possa sentir a experiência com o divino. FRESTON (1994, págs. 70,71) faz uma classificação dos pentecostais a que denominou de: “ondas do pentecostalismo” conforme é descrito abaixo:
O pentecostalismo brasileiro pode ser compreendido como a história de três ondas de implantação de igrejas. A primeira onda é a década de 1910, com a chegada da Congregação Cristã (1910) e da Assembléia de Deus (1911). A segunda onda pentecostal é dos anos 50 e início de 60, na qual o campo pentecostal se fragmenta, a relação com a sociedade se dinamiza e três grandes grupos (em meio a dezenas de menores) surgem: Quadrangular (1951), Brasil para Cristo (1955) e Deus é Amor (1962). O contexto dessa pulverização é paulista. A terceira onda começa no final dos anos 70 e ganha força nos anos 80. Seus principais representantes são a Igreja Universal do Reino de Deus (1977) e a Igreja Internacional da Graça de Deus (1980). O contexto é fundamentalmente carioca.Fizemos essa representação de Paul Freston com alguns acréscimos e uma outra nomenclatura para alguns grupos, revelando aqui o cerne deste discurso segundo (SOUSA – 2007) .

Nas “ondas” do pentecostalismo apresentadas por Paul Freston encontramos dois espaços importantes no pentecostalismo histórico que faltam em sua apresentação: A ausência da Igreja de Cristo do Brasil e da Missão Evangélica Pentecostal do Brasil. Estas igrejas surgiram no Brasil, respectivamente, nos anos de 1932 e 1939. Para essa nova representação do pentecostalismo, adotamos a seguinte nomenclatura:

a) PENTECOSTALISMO CLÁSSICO:

Fazem parte desse grupo, a Congregação Cristã no Brasil, Igreja Assembléia de Deus e a Missão Evangélica Pentecostal do Brasil. O termo clássico surgiu em meados de 1970, quando pesquisadores norte-americanos acrescentaram a designação “classical” às denominações pentecostais do início do século, para distingui-las de outras pentecostais ou carismáticas surgidas nos anos 50. O pentecostalismo histórico, como já foi apresentado, é um movimento missionário de caráter mundial, que possui uma dinâmica própria, herdando muitos traços dos movimentos de santidade da Inglaterra e dos Estados Unidos, particularmente do metodismo. Esse primeiro grupo de pentecostais difere dos demais grupos que viriam logo após pelas suas ênfases. Aqui a ênfase principal surgida com as primeiras experiências de Parham seria a evidência inicial do falar em línguas (evidência que comprova que um crente foi batizado com o Espírito Santo), as visões e as profecias. Evidentemente as curas e exorcismos estão presentes, mas nesse grupo a principal ênfase e marco fundante é a experiência com o batismo com o Espirito Santo e a evidência inicial do falar em outras línguas.

b) NEO-PENTECOSTALISMO:

Nos anos 50, surge um novo grupo pentecostal fazendo dos milagres e da cura divina sua principal ênfase, diferente do primeiro grupo, onde a ênfase recaía sobre a glossolalia; entretanto, a marca fundante e o aspecto doutrinário principal permaneceram inalterados. Esse segundo grupo pentecostal é liderado pela Igreja do evangelho quadrangular quando dois atores do cinema americano chegam ao Brasil em 1951: Harold Williams e Raymond Boatright. Suas primeiras atividades foi o trabalho debaixo de tendas para suas reuniões. Um outro aspecto foi a difusão por meio do rádio (que era considerado até então pelo pentecostalismo clássico como atividade “mundana”). Foi a Igreja do Evangelho quadrangular que criou a primeira escola teológica pentecostal. Fazem parte, ainda, desse primeiro grupo: Igreja Pentecostal O Brasil para Cristo (1956); Igreja Pentecostal Deus é Amor (1957); Igreja de Nova Vida (1960); Casa da Benção (1964), Metodista Weslyana (1967). Além desses, muitos outros pequenos grupos surgem no Brasil, com o mesmo modelo e ênfases. É importante notar as diferenças que começam a surgir no pentecostalismo dentro desse grupo. Em primeiro lugar a ênfase muda para as curas e as visões apesar de as línguas fazerem parte da experiência pentecostal. Um outro aspecto que começa a mudar é a participação nas atividades da sociedade como o uso do rádio, uso de estilos musicais mais modernos, criação de seminários de teologia.

c ) PÓS-PENTECOSTALISMO

Essa nomenclatura é pouco usual entre os que estudam o pentecostalismo. Em alguns casos, pode-se até observar os próprios pós-pentecostais acusarem a igreja pentecostal histórica de ser pós-pentecostal porque trariam um comportamento frio e incrédulo. Em nossa discussão, o termo tem uma conotação diferente. O aspecto mais importante aqui é o de ruptura. Acreditamos que o termo utilizado é o ideal para esse último grupo. Levamos em conta as diferentes ênfases. Esse modelo permanece com alguns elementos do pentecostalismo histórico, como a cura, e a oração; nota-se uma excessiva importância na figura do Espírito Santo. No entanto a grande ênfase passar a ser o exorcismo e a ação do demônio. Associado a isso está uma nova teologia que passa a fazer parte da vida evangélica pentecostal. “A teologia da saúde e da prosperidade”.

Com esse grupo tem início a uma ruptura com a igreja pentecostal e um apego em suas práticas ao sincretismo religioso. Entendemos que nos anos setenta, o país recebe o impacto deste grupo pentecostal, junto com uma crise econômica sem precedentes, uma crise internacional do petróleo e vivendo uma ditadura militar. O grande discurso religioso desses grupos é que a culpa de todos os males, financeiros, de saúde e da moral, é do diabo. Com essas idéias surge então o Salão da Fé (1975), a Igreja Universal do Reino de Deus (1977), a Igreja Internacional da Graça de Deus (1980) e várias outras igrejas menores com essas mesmas idéias teológicas e práticas sincréticas dentro do pentecostalismo. Ficaram para trás as preocupações escatológicas e até mesmo a glossolalia que no início do século XX era a grande bandeira do pentecostalismo.

Devido a tendência das igrejas pentecostais de aceitarem os dons de profecia e profetas, sem uma ortodoxia bíblica, criou-se um espaço para as afirmações da teologia da prosperidade, que encontrou solo fértil para se firmar. Essa teologia parecia ter raízes no início do pentecostalismo, mas na verdade ela sofreu muitas influências do positivismo, da ciência cristã, de alguns elementos da neuro-lingüística e do humanismo. Afirmam, por exemplo, que a culpa das doenças no homem e a falta de dinheiro é devido ao pecado ou a falta de fé. Para o cristão evangélico reformado e pentecostal histórico, algum posicionamentos são qustionáveis como: o ensino das “maldições hereditárias”, ou “maldições de família”. Esse tipo de conceito circula através de rádio, livros e principalmente através da televisão.

Este ensino afirma que se alguém possue algum problema relacionado a pornografia, nervosismo, divórcio, aloolismo, depressão, adultério, alcoolismo e muitos outros, é por que um antepassado ou a geração passada está afetando e isso precisa ser quebrado. (mesmo se a pessoa já for um cristão).Outras questões são quanto as questões criadas por essa corrente sobre: ‘espíritos familiares’, ‘maldição de nomes próprios”, “espiritos territoriais’, ‘mapeamento espiritual’, a’ crença na morte espiritual de Jesus’. Esse assunto é uma confirmação das raízes da confissão positiva: o gnosticismo. Uma outra questão muito delicada é a questão da batalha espiritual. A igreja cristã não pode negar a verdade desta luta, mas deve ser ponderada, nesse caso específico, para aqueles, o cristão pode ter sua vida afetada e ele ser possuido pelos demônios. Seu maior expoente neste modelo de teologia é Kenneth Hagin.

SEGUNDO LIVRO METAMORPHOSIS E NEKROSIS _(SOUSA -João Bosco de – 2007) – Siciliano e livraria Poty livros.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRESTON, Paul. Breve história do pentecostalismo brasileiro. In: ANTONIAZZI, Alberto (Org). Nem anjos nem demônios: Interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis: Vozes, 1994, p. 67-162. –

MARIANO, Ricardo. Neo-pentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. São Paulo: Loyola, 1999. – SIEPIERSKI, Paulo D. Pós-Pentecostalismo e Política no Brasil. In: Estudos teológicos, ano 37, nº 1 (IECLB). P.47-61, 1997. –

SOUSA, João Bosco de. Metamorphosis e nekrosis – Notas sobre o protestantismo potiguar – DEI – 2007 –

CÉSAR, Elben M. Lenz. História da evangelização do Brasil: dos jesuítas aos neopentecostais. Ultimato, Viçosa, MG, 2000, 192p. –

HOLLENWGER, Walter. Uma análise do pentecostalismo no mundo. São Paulo, 166pg. 1986. www.Hollenwger.cjb.net – acesso dia 12/04/2003, às 16:20h. –